| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Holanda, Sérgio Buarque de | |||||||||||||
Sérgio Buarque de Holanda é um dos mais prestigiados intérpretes da formação da sociedade brasileira; suas obras publicadas em livros, artigos ou prefácios não cessam de render debates entre sociólogos, cientistas políticos, etnólogos e críticos literários, assim como entre os historiadores de diferentes especialidades e linhagens teóricas. Juntamente com Caio Prado Jr e Gilberto Freyre, figura entre os pais fundadores da sociologia histórica brasileira, ainda que essas classificações sejam pouco úteis para aquilatar suas contribuições à historiografia brasileira e à história da cultura intelectual luso-brasileira, em particular. O historiador nasceu no tradicional bairro da Liberdade na cidade de São Paulo em uma família de classe média remediada em 11 de Julho de 1902. Seu pai, fora funcionário no Serviço Sanitário estadual e professor de botânica na Escola de Farmácia e Odontologia, tendo sido um dos seus fundadores. Durante a infância cursou a Escola Modelo Caetano de Campos e na adolescência o Ginásio de São Bento. No colégio beneditino foi aluno do historiador Affonso d'Escragnolle Taunay (1876-1958), frequentando desde jovem a antiga Biblioteca Pública do Estado de São Paulo, onde descobriu os velhos cronistas portugueses e familiarizou-se com a historiografia portuguesa da época medieval e moderna. Aos 18 anos, assinava sua primeira crônica no Correio Paulistano "Originalidade Literária" (24.04.1920) na qual polemizou sobre a existência ou não de uma literatura autenticamente nacional, assunto que capturava as mentes e corações dos literatos e historiadores desde finais do século XIX. Desde 1921, passou a viver no Rio de Janeiro, capital federal do Brasil naquela época, bacharelando-se no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em 1925. Profissão que não abraçaria, preferindo ganhar a vida como jornalista, tradutor e crítico literário até meados da década de 1950. Foi um integrante de primeira hora do movimento modernista, tendo sido correspondente no Rio de Janeiro da Revista Klaxon, fundada pelo grupo modernista em São Paulo, liderada por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Rubens Borba de Moraes, Alcântara Machado, Sérgio Milliet, Manuel Bandeira, Raul Bopp, Tácito de Almeida... |
|||||||||||||