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Entretanto realizara quatro cadeiras do curso de Ciências Pedagógicas, que a habilitavam para a via profissional. E de facto, logo em Outubro de1949, foi aceite como professora do ensino secundário em Faro, no Colégio Farense, um colégio feminino particular onde leccionou durante dois anos. Foi o seu primeiro emprego. Apesar do gosto pelo ensino, o seu principal desejo era dedicar-se à investigação histórica e arqueológica. Dirigiu-se a Manuel Heleno, que fora seu professor de Arqueologia, procurando orientação para realizar essa ambição, o qual a propôs ao Instituto de Alta Cultura (I.A.C), destacando no parecer a sua “capacidade bastante para dignificar o Instituto”. A actividade ficava circunscrita à investigação e à prática arqueológica, sediada no Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos, sendo-lhe assim reconhecida a competência metodológica adquirida, mas que irá aperfeiçoando com a prática e conhecimento do trabalho de investigadores de renome. A 26 de Julho desse ano de 1952, Irisalva Moita foi admitida como bolseira do I.A.C., estatuto que manteve até 1972, cumprindo o que a instituição lhe exigia, mas sem deixar de estar atenta a outras aéreas que não colidiam com as condições assumidas. O seu primeiro interesse centrou-se na pesquisa da antiguidade greco-romana nas suas relações com a arqueologia em Portugal, em especial no estudo dos mosaicos. Deste domínio passou à Pré-História, realizando várias escavações, com o objectivo de esclarecer aspectos da cultura dolménica: em 1952 e 1953 explorou dólmenes na região de Pavia e Mora, no Alentejo, e, em 1955, procedeu à revisão da exploração dos da Beira Alta, que tinha sido feita por Leite de Vasconcelos, que alargou à região de Viseu, tendo publicado um Corpus dos monumentos existentes neste distrito. A partir de 1958, por incompatibilidade com Manuel Heleno, passou a estar associada ao Centro de Etnologia Peninsular da Universidade do Porto, pertença do mesmo Instituto. Começou pela região de Guimarães, visitando as intervenções realizadas dois anos antes na Citânia de Briteiros e no Castro de Sabroso, por iniciativa da Sociedade Martins Sarmento em parceria com uma equipa da Universidade de Oxford, liderada por Christopher Hawkes. O Reino Unido era então considerado uma referência científica incontestada. Irisalva fez questão de conhecer os novos achados e averiguar os métodos e técnicas de trabalho de campo utilizados. |
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