Consciente dos seus talentos e atenta às oportunidades para que se sentia capacitada, já em 1953 começara a desbravar outra possibilidade profissional. Antes do ingresso no ensino universitário, concorrera ao estágio para Conservadores Adjuntos de Museus, Palácios e Monumentos Nacionais, aberto naquele ano, ficando em primeiro lugar entre os oito candidatos admitidos. No ano lectivo de 1953-1954, seguiu cursos no Museu Nacional de Arte Antiga e no Museu de Arte Contemporânea, orientados pelos respectivos directores, Dr. João Couto e escultor Diogo de Macedo; e no ano lectivo de 1954-1955, no Museu Nacional de Etnologia Dr. Leite de Vasconcelos, orientado pelos Professores Manuel Heleno e Scarlati Lambrino. Apresentou-se ao exame final com uma tese intitulada Anteprojecto para a Secção de Arqueologia do Futuro Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos.

Habilitada com o curso de Conservador de Museu, apresentou-se como candidata ao lugar de Conservadora contratada, de Março a Outubro de 1954, Ao ser afastada da docência universitária, em Março de 1958, voltou a ingressar, como Conservadora de 1.ª Classe, no quadro dos Museus Municipais de Lisboa (Museu da Cidade, Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Museu Antoniano), tendo ascendido à categoria de Conservadora-Chefe dos Museus Municipais, em concurso com provas públicas em 1970.

Compaginou, entretanto, a faceta de museóloga com o regresso ao gosto pela arqueologia, agora centrada na cidade de Lisboa e arredores, um dos campos que lhe despertou especial interesse e em que foi pioneira.  Começou por realizar a prospecção e sondagens na Estação Neolítica de Vila Pouca, na Serra de Monsanto em 1959.  No entanto, o trabalho que lhe conferiu maior notoriedade foi a intervenção arqueológica nos vestígios do Hospital Real de Todos-os-Santos na Praça da Figueira, por convite do presidente da Câmara Municipal, por, ocasião das escavações da Estação do Metropolitano de Lisboa do Rossio, cuja direcção o Município lhe confiou.

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