No Palácio dos Coruchéus,  Zé Povinho fez 100 Anos (1976), O Povo e Lisboa: tipos, ambiente, modos de vida, mercados e feiras, divertimentos, mentalidade (1979). No Palácio Galveias, D. João V e o Abastecimento de Água a Lisboa (1991). Interpelada sobre qual das exposições mais gostara de organizar, respondeu “Foram tantas, mas recordo “O Povo de Lisboa”, “Lisboa Quinhentista, e “O aqueduto das Águas Livres”. Gostei de fazer todas, porque me interessei sempre por assuntos muito variados. Começava a trabalhá-los e apaixonava-me logo por eles” (Entrevista, p. 143).

O Museu Rafael Bordalo Pinheiro foi outro espaço museológico a que Irisalva Moita deu vida: “quando lá cheguei [em 1971] tive que fazer o trabalho todo de base, começando pelo inventário (…) porque o inventário é a base de um conhecimento mais seguro. Dá-nos facilidade e segurança para a identificação das peças de uma colecção” (Entrevista, p. 142). Da requalificação museológica e museográfica resultou a notável exposição As Faianças de Rafael Bordalo Pinheiro, no Palácio Galveias, em 1985. Seguiu-se outra, já no Museu com o seu nome sobre Fontes Pereira de Melo nas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro (1988). E escolheu este espaço para a exposição Hospital Real de Todos-os-Santos. 500 anos (1993), tema que lhe era particularmente caro, acompanhada da edição do livro  da sua autoria V Centenário do Hospital Real de Todos-os-Santos pelos CTT. Estas realizações eram acompanhadas de comunicações. Em 1993 apresentou  Rosa Araújo nas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro, .noGabinete de Estudos Olisiponenses e Rafael Bordalo Pinheiro e o Grupo do Leão, noPalácio Galveias.

Irisalva Moita publicou 196 trabalhos, dispersos por artigos em revistas, comunicações, relatórios e catálogos de exposições, segundo o citado curriculum vitae elaborado porJosé Meco. Mas entre a vasta produção a que o seu nome está ligado avulta O Livro de Lisboa, que coordenou e para o qual escreveu três estudos, obra integrada no grande evento “Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura”, 1994). Por este trabalho de referência para a História da Cidade, recebeu um Louvor da Câmara Municipal em 1995.

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