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Em 1973, após um brevíssimo período como professor do ensino secundário e metodólogo, Romero Magalhães iniciou a sua carreira na FEUC. Em 1984 concluiu aí o seu Doutoramento. A tese que apresentou à FEUC, O Algarve Económico, 1600-1773, orientada por Vitorino Magalhães Godinho, depressa se tornouum trabalho marcante na historiografia portuguesa. Viria a ser publicado na Editorial Estampa em 1988 e conheceu, desde então, várias edições. Em 1993, Romero Magalhães fez provas de agregação na FEUC. Para esse fim apresentou um relatório pedagógico de grande qualidade e ousadia sobre uma disciplina de mestrado em História da Europa, interesse académico que começara a cultivar intensamente quando Portugal aderiu à Comunidade Económica Europeia, em 1986. Alcançou posição de Catedrático em 1994 e jubilou-se em 2012. Em Portugal, a institucionalização da História económica foi um movimento lento e tardio que beneficiou muito do trabalho de historiadores como Joaquim Romero Magalhães. Não apenas na investigação, mas também no ensino. Devido à longevidade do regime salazarista e ao condicionamento governamental sobre as ciências sociais, a História económica surgiu como um fio de água e foi-se afirmando apartada de outras realidades. Devido à asfixia ideológica da Universidade e ao estigma que se lançara sobre as conotações marxistas do “económico” e do “social”, a investigação e ensino da História, em geral, só progrediram no âmbito de uma contracultura historiográfica, que resistiu e cresceu à margem da Academia (J. Romero de Magalhães, Oração de Sapiência..., 2009,pp. 1-16). |
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