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MAGALHÃES, Joaquim Antero Romero Faro, 1942 – Coimbra, 2018 |
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No caminho que trilhou como cidadão e historiador, Romero Magalhães adiou muitas vezes a escrita de um livro, que acabou por ver a luz do dia no momento mais oportuno. Discorreu sobre a República em Vem aí a República, 1906-1910, dado à estampa em 2009, na Almedina. Embora fosse um historiador da época Moderna, prestava grande atenção, sobretudo como leitor, aos temas de História Contemporânea, particularmente aos períodos da República e do Estado Novo. A cultura política republicana e emergência das forças republicanas falavam especialmente a Joaquim Romero Magalhães, dadas as suas raízes familiares. O seu próprio modelo de cidadania e os valores republicanos que subscrevia eram heranças indeléveis desse período intenso da vida nacional e daí a atenção que dedicou aos temas do republicanismo nos últimos anos da sua vida. O conhecimento histórico e a afinidade cívica que Romero Magalhães tinha sobre a I República e seus antecedentes, bem como a experiência que tivera na Comissão dos Descobrimentos, foram razões óbvias para a sua integração na Comissão de Projectos para a Comemoração do 1.º Centenário da República Portuguesa, em 2005, e na Comissão Consultiva das Comemorações do Centenário da República, entre 2009 e 2011. As qualidades e o reconhecimento de historiador que alcançou, não o impediram de abraçar funções que dele exigiram decisão equilibrada, bom-senso e algum realismo. Era um reformista que acreditava nas instituições e que nunca as deixou tal como as recebera. No plano cívico, era um homem interveniente e comprometido com o socialismo democrático e com a ética republicana. Acreditava muito na construção europeia e nas suas instituições, inclusivamente na construção paulatina de uma Europa federal. |
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