| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Poder-se-á mesmo afirmar que a Academia lhe deverá a existência, a partir de 1834, enquanto instituição viva (veja-se o que escreveu em 1838 sobre o declínio e marasmo da suas actividades em 1831). Internacionalizou e prestigiou a instituição, associando-a aos nomes do duque de Bragança, D. Maria II, D. Fernando II e D. Pedro V, como seus protectores. Procurou contribuir para apaziguar os diferendos ideológicos que dividiram a sociedade portuguesa, de 1807 a 1851, fazendo conviver, na Academia, homens conotados com as diferentes facções políticas. Pelo seu desejo de pacificar diferendos de ideias e de ideais e de reformar a Academia segundos os ditames de uma nova geração, acabou por antagonizar sucessivamente o visconde de Santarém, José Liberato e Herculano. Relativamente a Herculano, ainda está por averiguar o conflito que os opôs e que marcaria a historiografia portuguesa da segunda metade do século XIX, pelo facto de o autor da História de Portugal ter deixado, aos 47 anos, de intervir com o mesmo dinamismo na vida e nos projectos da Academia. Quanto a Macedo, terminou os seus dias remetido a um silêncio e esquecimento porventura imerecidos, num verdadeiro exílio interior, na Golegã. Trata-se, pois, de uma figura histórica que já merecia um estudo monográfico próprio, o qual poderá, eventualmente, trazer importantes achegas para o conhecimento da vida intelectual e académica portuguesa dos primeiros dois terços do século XIX. |
|||||||||||||