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De facto, este encadeamento pode ser observado nos estudos sobre relações entre vassalos e dependentes ao longo do período medieval, bem como a formação de mercados, a posse de terras e a circulação de moedas; nas políticas económicas e mercantilistas do Marquês de Pombal, abrangendo as políticas colonias e os processos de colonização (o que remete para a Companhia de Jesus); ou na transição para o século XIX, em que se modificaram não apenas as dinâmicas económicas pelo avanço das indústrias e do capitalismo, mas também as relações entre grupos sociais através do sistema liberal. Outros aspectos afloram ao longo da sua obra. A Idade Média representaria um tempo decisivo na história portuguesa, desenvolvendo uma “consistência do povo português” ao longo dos séculos marcada pelo “alto grau de estabilidade, força e civilização” – portanto, uma ideia de expoente civilizacional em que valores e ideais como a religião, os costumes e o poder da raça estariam firmados (Moura, A política …, 1898, pp. 53-5). Não por acaso, a fundação do reino estaria associada à constituição da nação. Esta “consistência”, composta por idealizações (por vezes, romantizadas) sobre este período, levaram o autor a uma representação da alma nacional portuguesa à medida que se operava a “expansão da nacionalidade, de forma orgânica”, portanto, de cariz fundamental e identitário (Moura, História Económica… , p. 12). E no seguimento deste fenómeno assentaria o império português: para Carneiro de Moura, tratou-se de uma consequência derivada desse expoente civilizacional de que tanto se reclama e pela qual se revelara ao mundo o “génio português”. Mas as dinâmicas imperiais e coloniais que o autor apresenta levam-no a uma certa contradição sobre a ligação entre o passado e o presente. Em que sentido? |
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