Latente a esta teorização emerge o darwinismo social, em que “Só fica o que é útil na dinâmica das coisas; o que é inútil desaparece”. Esta concepção transposta às sociedades humanas certamente comporta um ideal utópico em que apenas os elementos mais fortes subsistem e podem espalhar a sua genialidade (como teria sido demonstrado com o exemplo português). Ideal que se articula com o conceito de progresso que tende a caminhar para um aperfeiçoamento dos povos. Coincidentemente, apenas no século XIX é que terá sido possível aos historiadores, numa ambientação tecnológica, científica e social adequada para esse tempo, captar uma concepção de história universal que compreenda os factores enunciados pelo autor, igualmente veiculados pela herança de valores do cristianismo e pela globalização encetada a partir dos séculos XV e XVI (Moura, A evolução… , 1904, pp. 7-9, 12-5 e 17).

Bibliografia activa : Moura, João Lopes Carneiro de. A política portugueza . Lisboa: Manoel Gomes, 1898; O Século XIX em Portugal. História política, litteraria, económica, artística e militar dos últimos cem anos . Lisboa: Typ. Palhares, 1902; A evolução histórica. O poder ascensional das classes pela organização familiar e pela selecção social . Lisboa: Typographia d’A Editora, 1904; A Colonização portuguesa no Século XX . Lisboa: Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1912; História Económica de Portugal . Lisboa: Typ. do Annuário Commercial, 1913; As sociedades modernas . Lisboa: Imprensa Nacional, 1924.

Bibliografia passiva : Ramos, Rui. “Moura, João Lopes Carneiro de (1868-1944)”. Maria Filomena Mónica (coord.). Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910) , vol. II. Lisboa: ICS e Assembleia da República, 2005.

Daniel Tavares

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