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O autor sublinha contudo a falta de investimentos que deveriam ter sido direcionados para as colónias (materiais e imateriais). Trata-se de um apelo à reestruturação colonial na sua totalidade, atendendo à importância da “missão histórica portuguesa” em possuir e desenvolver os seus territórios ultramarinos. No entanto, faltava incutir educação e preparação técnica adequadas para a exploração efectiva dos recursos daí provenientes, mas também um investimento material assente em infra-estruturas e capacidade económicas necessárias ao desenvolvimento das colónias e a uma eventual autonomia administrativa. Poder-se-ia reivindicar o discurso de capacitação dessa exploração colonial, patente desde a Conferência de Berlim de 1884-85 e que se estendia a uma maior competitividade económica internacional. Atesta-o a sua afirmação de que “(…) os ingleses, os alemães e os norte-americanos são os naturais auxiliares e completadores da grande acção colonizadora dos portugueses” (Moura, As sociedades …, p. 86) – o que também remete para a decadência ibérica, considerando que aqueles povos avançaram quando Portugal e Espanha já não teriam capacidade para se imporem (Moura, O Século XIX …, 1901, p. 9). Como foi sendo observado, a sua teorização da história assentava num positivismo caracterizado pela formulação de leis assente numa acepção positiva dos factos históricos. Na sua dissertação ao concurso para reger a cadeira de História Antiga, Medieval e Moderna no Curso Superior de Letras, Carneiro de Moura apoiou-se no pensamento de Herbert Spencer, aduzindo a existência de leis universais e eternas que partem da unidade cósmica e se transformam através da matéria, possuindo, assim, uma ligação com aquilo que é cognoscível ou passível de o ser. O Homem faria parte desse processo pela evolução natural, ladeado por leis que regulamentariam as diversas formas de interacção humanas e que reverteriam para o cosmos. Destarte se poderia caminhar rumo a um destino geral da Humanidade, dando lugar a uma história universal tal como Guizot havia preconizado. |
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