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Silva Rego lembrou que o historiador se deveria «despir dos seus preconceitos, não só pessoais, mas também sociais» (A. Silva Rego, "Do tempo...", p. 13), mas reconheceu, também a complexidade desta tarefa, pois «o homem dificilmente pode subtrair-se à poderosa influência da sua personalidade e outros factores externos» (A. Silva Rego, "Da imparcialidade...", p. 148). Não sendo certo que não tenha havido apropriação das suas obras para efeitos políticos, nem a assunção de um apartidarismo por parte de Silva Rego, mais que isso, a leitura dos seus textos exibe um devoto historiador, mas também um historiador-devoto. Por vezes, o seu pensamento histórico confunde-se com o do homem religioso, o padre, marcado pela sua formação missionária, impelido pela causa da defesa da acção da igreja católica ao longo da História, nomeadamente no contexto da expansão portuguesa. Com isto, pretendia atingir o pleno, alcançando também «um reatamento no sentido académico do termo das relações entre o Estado português e a teologia» (J. Madeira, ibidem, 2006, p. 133). |
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