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Homem ao mesmo tempo de acção política e social. Militou no partido progressista até ao advento da república, onde chegou a ser membro da comissão executiva, festejando jubilosamente as suas vitórias, foi admirador de Sidónio Pais (tempo de revisão da separação entre as igrejas e o estado) e desempenhou um papel marcante na política local conotada com o «28 de Maio», no ajuizar de Belisário Pimenta. Foi vogal da Comissão Distrital de Coimbra, conservando-se na documentação existente vestígios bem marcados da sua passagem por este importante corpo administrativo. Exerceu funções de secretário da Misericórdia de Coimbra, reorganizou a Confraria da Rainha Santa, padroeira de Coimbra, e «foi alma da fundação» (1930) do seu Refúgio para pessoas do sexo feminino. Ao seu dinamismo e influência se fica a dever, em grande parte, a criação da Faculdade de Letras e a edificação do primeiro edifício através da actividade como seu primeiro director (1911-1920). Foi também o organizador do Arquivo da Universidade desde 1897 e seu primeiro director desde que se tornou repartição independente da secretaria-geral (1902-1927). Exerceu o cargo de director da capela da Universidade por diversos anos até próximo do advento da república, o que lhe permitiu que muitas das alfaias da capela se conservassem no Museu de Arte, em que a soube transformar e anexar ao arquivo a partir de 5 de Outubro. Foi reitor do liceu de Coimbra, onde fez parte de júris de exame, criando fama de examinador exigente, como sentiu António Sardinha em Julho de 1906, ao buscar a benevolência através do mediador Eugénio de Castro. Colaborou em diversas revistas e jornais, nomeadamente, com assiduidade, no Correio de Coimbra, órgão da diocese, e em O Instituto, chegando a fazer parte da redacção. |
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