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Simões, Alberto da Veiga | |||||||||||||
Ainda antes de obter o diploma de bacharel, passou por Londres, onde exerceu o cargo de adido, na respetiva legação portuguesa. Entre junho e setembro de 1911. Por intermédio de Teófilo Braga. Com a anuência de Bernardino Machado. O primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros da República. O regime pelo qual sempre se bateu. Porquanto, e acima de tudo, foi republicano. Concluída a licenciatura, em novembro de 1911, estabeleceu-se como advogado, em Arganil. Mais para satisfazer os pais do que por vocação própria. Discordando do rumo da política de Afonso Costa, afastou-se do Partido Republicano Português. Identificando-se com as propostas de António José de Almeida, aproximou-se do Partido Republicano Evolucionista. Combateu o primeiro e apoiou o segundo através da imprensa. Na vila natal, nas colunas de A Comarca de Arganil, onde assinou artigos de opinião, em 1913, no Jornal de Arganil, que fundou e dirigiu, entre 1913 e 1915, em Coimbra, no Diário de Coimbra, no qual desempenhou o cargo de «redator em chefe», em 1913, e por fim, em Lisboa, no República, do qual foi «redator político», entre 1913 e 1915. Desiludido com o evolucionismo, arredou-se da política. Não obstante haver fundado e dirigido mais um jornal, o Correio de Arganil, este assumiu já um caráter independente. Através do concurso para terceiros secretários de legação, cônsules de 3.ª classe e terceiros oficiais, realizado em 1915, logrou entrar para os quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Onde se conservará durante trinta e um anos. Com muitos momentos de glória. E não menos dissabores. Começando como cônsul de 3.ª classe, foi colocado em Manaus. Partirá em 1916, já casado, com Maria Antónia de Campos Amaral, filha de abastados comerciantes enriquecidos no Brasil. O seu desempenho valeu-lhe a promoção, a cônsul de 2.ª classe, e consequente colocação no Pará, em 1918. Apesar de não haver chegado a ocupar este posto, os seus superiores hierárquicos mais próximos continuaram a apostar nele, elevando-o ao topo da carreira consular e colocando-o em Cristiânia [Oslo], em 1919. As suas qualidades, mormente no tratamento das matérias económicas, estariam a ser subaproveitadas na atividade meramente consular, recomendando-o antes para a carreira diplomática, propriamente dita. Não admirou, por conseguinte, ter sido promovido a ministro plenipotenciário de 2.ª classe, e colocado em Viena, em 1921. E convidado por Manuel Maria Coelho, chefe do famigerado golpe de 19 de outubro, para o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, nesse mesmo ano. Assim o pensaram os que nele confiavam. Assim o lamentaram os que dele se distanciavam. Abraçou a pasta com denodo. Empenhado em reformar profundamente o Ministério, dotando-o dos mecanismos necessários para fazer dele o «fiel da balança económica». |
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