A revista não circunscreve, de todo, a sua participação a autores lusófonos, embora estes sejam maioritários (preferencialmente portugueses, embora contando também com brasileiros). Reproduz artigos de autores de língua inglesa, espanhola, alemã, francesa e polaca (embora o autor desta nacionalidade escreva em português, radicado como estava em Portugal). A internacionalização lograda é mais visível no primeiro e último números (1935 e 1979), sendo que os números intermédios se ficam pela colaboração mais residual de autores de língua espanhola e francesa. Os autores estrangeiros participantes são Georges Zbyszewski, Thomas Bubner, Charles Boxer, Georg Otto Schurhammer, Juan Llabrés Bernal, Georg Leisner, A. R. Nykl, Gastão Bettencourt e Jean Ollivier. Os autores portugueses de maior destaque serão, para além dos já referidos, Serafim Leite, Rocha Madahil, Silva Marques, José Hermano Saraiva, Hernâni Barcos, Saavedra Machado, João Afonso Corte-Real, Fernando Castelo Branco, Margarida Ribeiro, Eduardo Prescott Vicente, Vítor Serrão, Jorge de Alarcão e Eduíno Borges Garcia.
Do ponto de vista temático, no total dos 8 números, totalizam-se 147 artigos, com a seguinte distribuição temática: 59 de Arqueologia, 43 de História, 28 de Etnografia, 6 de Filologia, 5 de História de Arte, 4 Memoriais, 1 de Literatura e 1 de Metodologia Histórica. Em termos de evolução temática, a História fora hegemónica em 1935, mantendo-se sempre acima dos 5 artigos, com as excepções de 1966, 1970 e de 1979, apresentando neste último apenas 1 único artigo; pelo contrário, após um começo modesto (2 artigos), a Arqueologia sobrepujará a sua concorrente directa no espaço que lhe é consagrado nos restantes números, com as excepções de 1965 e 1969: a maior disparidade registar-se-á em 1979, ano em que apresenta 7 artigos contra apenas um de temática histórica; a Etnografia mantém a mesma toada da Arqueologia, crescendo bastante após lhe ter sido devotado apenas uma pequena recensão no número inaugural; marginalmente, registam-se os memoriais, dedicados a figuras relevantes dos campos de incidência científica do periódico, mormente à reunião de subsídios para a actividade científica e académica daquelas; regista-se também um único artigo dedicado à Literatura, na mesma situação da Metodologia Histórica; destaque, finalmente, para a Filologia, com 6 artigos, 3 dos quais na edição de 1935, registando-se a sua última ocorrência em 1969, bem como para a História de Arte, que manteria uma participação modesta, embora regular, no decurso da actividade do periódico.