O agravamento do estado de saúde de Magalhães Basto e o défice financeiro acumulado anualmente instigaram a nova suspensão de O Tripeiro pelo seu proprietário, mas invejável pela sua peculiaridade redatorial e projeção no panorama intelectual portuense, um novo grupo de redatores obteve o aval para relançar a 6.ª série (1961-1974) de O Tripeiro: revista mensal de divulgação e cultura, ao serviço da cidade e das suas tradições e sob o lema «Pelo Porto – repositório de notícias portucalenses», sendo que estas nuances distintivas aludem ao refortalecimento do seu pendor histórico e enciclopédico-arquivístico, quiçá perante o anúncio eminente da restauração da Faculdade de Letras na cidade e o ganho de uma historiografia em moldes académico-científicos.
Com Eugénio Andrea da Cunha e Freitas como seu quarto diretor manteve-se em publicação os 12 números mensais em treze anos dentro das linhas editoriais já familiares na qual o trabalho de investigação e divulgação da história portuense e a feição literária-cultural persistem como os grandes objetivos, almejando uma maior identificação com as indagações históricas dos leitores, espelhado em novas secções: "Tripeiros de Ontem", "Ainda se lembra?...", "Aconteceu há 50 anos...", "O Porto há 100 anos" ou “Tripeiro Camiliano”, etc. Por outro lado, diversifica-se o aspeto recreativo com poesias e o documental com a publicação de fontes primárias como atos notariais ou as memórias paroquiais de 1758 do termo do Porto, sucedendo-se números especiais como o de homenagem a Magalhães Basto, a António Nobre, a inauguração da Ponte da Arrábida ou o IV centenário d’”Os Lusíadas”. Quanto aos colaboradores dos mais categorizados nas Letras, Ciência e Artes repetem-se muitos deles, desde a equipa redatorial aos mais assíduos como: B. Xavier Coutinho, F. Cyrne de Castro, Guilherme Felgueiras, Damião Peres, José Régio, Cândido dos Santos, Elaine Sanceu e Robert C. Smith. O último número da série foi inteiramente dirigido por António Sardinha que tomou a resolução unilateral de embargar o título pelas razões económicas de sempre, aquiescendo na saída de dois números especiais que encerraram esta 6.ª série: o do VI centenário da Aliança Luso-Britânica e o centenário da Igreja do Bonfim; reaparecendo desde 1981 um sétima série ainda hoje detida e publicada pela Associação Comercial do Porto.