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Nunca foi conhecida a sua inclinação política, nem antes nem depois de 1974. Os alunos referem a “sua superioridade em relação ao regime” e a força de caráter para impedir a presença de agentes da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) nas suas aulas. Neste sentido, Fernando Dacosta descreve o professor como não sendo “nem ortodoxo, nem heterodoxo, mas sim um paradoxo”, alguém que procurava “analisar uma parte da realidade e depois o seu contrário” (Idem, p. 141-142; 182). Politicamente, Ramalho Eanes considera que “estava disponível para dialogar com todos, fossem de direita ou de esquerda”, mas Medeiros Ferreira inclina-se a considerá-lo “um homem de esquerda” (Idem, 348-349; 364). Em 1976, foi convidado, “a pedido de Vítor da Cunha Rego (braço direito de Mário Soares)” para fundar o núcleo de uma efémera Fundação de Ciências Políticas, que arrancou no ano seguinte, com o apoio de Bernardino Gomes (Partido Socialista), Francisco Pinto Balsemão e Manuel Castelo Branco (Partido Social Democrata). Sabe-se agora que foi convidado em 1978 para o cargo de Ministro da Educação, para substituir Sottomayor Cardia, não sendo conhecidas as circunstâncias deste convite, recusado em razão da sua saúde frágil. Sem ocupar qualquer cargo, o seu conselho foi demandado pelo Presidente Ramalho Eanes (1976-1986) (Idem, pp. 330; 350-ss). |
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