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O terceiro posicionamento relaciona-se com o debate historiográfico europeu, permeado pelo marxismo, pelo estruturalismo, e ainda pelo positivismo. Podemos dizer que Manuel Antunes criticou, mas também integrou uma parte de cada uma destas vertentes. Ao modo de Henri-Irenée Marrou, o autor mais constante nos textos da sebenta de História da Cultura Clássica, considerava a história como “a consciência” – noção aqui a destacar – “da recuperação intencional do passado humano”, sublinhando-se assim como “o conhecimento histórico é, como tal, anterior à sua consignação por escrito”. O ‘presentismo’ ou ‘relativismo’ de Marrou, ao lado de outras referências da mesma esfera, como R.J. Collingwood e Raymond Aron, são as correntes de pensamento onde melhor se pode integrar e classificar Antunes. No seu esteio, rejeitou o positivismo, mas mais uma vez assumindo também algumas vezes a posição contrária. Por exemplo, retomou lema “o que realmente aconteceu” de Leopold Von Ranke como o ideal do “verdadeiro historiador”, ainda que apenas como aspiração. Incorporou também premissas da história total, colocadas por Fernand Braudel, e veio a assumir, ao longo das diversas versões do texto, cada vez mais a linguagem estruturalista, a partir de Lévi-Strauss e Paul Ricoeur, até chegar a conceber a história como a análise das estruturas políticas, sociais, antropológicas, etc. (Idem, pp. 28-38, 93-107). |
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