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E daí avança então, com a segurança que o suporte crítico permite, para Portugal e as origens do pensamento moderno, cuja pré-história não deixa de perscrutar. Que não será qualquer história, mas uma “história profunda, subterrânea, inconsciente, anónima, do pensamento, esta verdadeira história social do pensamento, esta história na qual as personagens são os conceitos (...)” (À la recherche…, p. 663). Em que se apresentam em lugar destacado a matematização do real e a experiência. É a mudança de uma linguagem, mas é igualmente uma mudança de utensilagem mental. Não se pode esquecer a enorme influência de Lucien Febvre. Retoma então o ensaio há muito conhecido sobre a introdução e difusão dos números árabes em Portugal. Como vai à procura da pré-história da experiência científica e da experimentação. Só depois de mais de 700 páginas se permite concluir com o Esmeraldo de situ orbis e Duarte Pacheco Pereira. Obra de síntese de um homem que JBC propõe também que seja considerado como um “homem-síntese”. Homem de acção, militar, bravo combatente, navegador, descobridor, mas também um escritor e um homem de ciência. E por aí se chega à renascença portuguesa e à sua especificidade precursora da idade de Galileu e de Descartes. |
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