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Logo num dos seus primeiros discursos, de 1998, na cidade de Lisboa, começa por referir que em Setembro de 1968, Marcelo Caetano ao tomar posse do cargo de Presidente do Conselho de Ministros afirmou, num dos discursos políticos mais aguardados deste século, que não queria ver ‘os portugueses divididos entre si como inimigos’. Desenvolve esse pensamento referindo que nos últimos dois séculos da História de Portugal os portugueses sempre agiram como divididos e inimigos entre si: durante as invasões napoleónicas; divididos como inimigos entre absolutistas e liberais, facto que culminou numa guerra civil que, com as suas consequências e prolongamentos, devastou o País de 1815 a 1851; e vai por aí fora… (1998-2008. Os dias de Portugal, 2010, pp. 14-15) Ou seja, percorre de uma maneira resumida mas concisa e essencial a História do nosso país, procurando justificar a ideia de que o passado é indispensável para compreender o nosso presente. Por isso refere no mesmo discurso, estabelecendo o nexo causal entre a história nacional e a história individual: “Se quem teme o futuro, é a mais provável vítima dele, quem teme o passado também não poderá vencer. Seremos o que formos, quando formos capazes de assumir que o fomos. Ai daquele que se arrepende do que foi, porque ainda o é. Se esta máxima é válida para a nossa história individual – que não se diga pequena, pois que é a única que é grande – é-o igualmente para a nossa história colectiva. Como a história nos ensina, de cada vez que se quis recomeçar do zero – um homem novo, uma sociedade nova – sempre se acabou em formas piores do que aquelas que se procurou derrubar.” (Ibidem, p. 17). |
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