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No campo historiográfico, a presença de Pinheiro Chagas exprimiu-se numa extensa e desigual obra, na qual se destaca a História de Portugal, a primeira que traça uma perspectiva liberal e laica sobre o percurso histórico nacional até ao século XIX (na sua obra magna, Alexandre Herculano ficara-se pelo século XIII). A primeira edição veio à luz em fascículos em nome de uma suposta Sociedade de Homens de Letras em 1867 sob o título, História de Portugal desde os tempos mais remotos até à actualidade. O autor justificou este pseudónimo que seria alvo da ironia queiroziana invocando a sua intenção inicial de contratar outros colaboradores. Em múltiplas edições e resumos, esta obra contribuiria porém como poucas para a formação da consciência histórica das elites nacionais até ao aparecimento da História de Barcelos, dirigida por Damião Peres, a partir de 1928. Vitorino Magalhães Godinho não deixaria de a evocar (“volumosa mas jamais maçadora”) entre outras obras doutros autores no despertar do seu gosto pela história (“Palavras preliminares”, Os descobrimentos e a economia mundial, vol.I, 1981, p.9). |
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