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Chagas esquecia a diversidade de posições e até de gerações que se podiam encontrar entre os conferencistas do Casino Lisbonense (caso de Augusto Soromenho e de Eça de Queiroz). Considerava o socialismo um “partido altamente nefasto e perigoso”, vendo-o o como sinónimo de reacção, e opondo-lhe valores como liberdade e civilização. Mais do que isso, identificava a propaganda internacionalista com o iberismo – outra utopia que, a seu ver, punha em causa o conceito de pátria. Pinheiro Chagas instrumentalizava assim a ideia iberista para fins de combate político - o que aliás foi muito frequente na cultura política portuguesa – e também na construção da memória da nação. Adere à lenda negra de Filipe II e vê na restauração de 1640 um revolução em que o povo português derrubou o despotismo da dinastia filipina (e não um golpe palaciano, como na verdade foi). |
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