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O conceito de história de Chagas é ecléctico, entre uma intencionalidade pragmática de formação da consciência do cidadão no contexto do Estado liberal, o organicismo social, o providencialismo abstracto e um optimismo liberal comandado pelas virtualidades da liberdade e do progresso civilizacional unilinear. Neste sentido pode considerar-se bem representativo de uma concepção liberal de história que valoriza a acção dos grandes homens, sem todavia esquecer o condicionalismo social e uma vaga Providência, princípio de determinação e necessidade que coadjuva aquela acção. Veja-se como termina a sua História de Portugal: “As nações pequenas não podem já assinalar-se em empresas aventurosas: podem contudo caminhar na vanguarda do exército da Civilização e do Trabalho: e para isso é indispensável que tenham o respeito da Ordem. E, se neste mundo moderno, as nações pequenas não podem já ver brilhar nos seus horizontes o sol da Glória, podem ao menos ter sempre resplandecente no seu firmamento uma estrela, que servirá de norte aos outros povos, quando o resto da Europa está engolfada em trevas, porque essa estrela radiosa e serena chama-se liberdade” (Idem, vol.XII, p.636). |
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