Em 1976, Teixeira da Mota passa à situação de reserva no posto de Capitão-de-mar-e-guerra (promoção esta de 1973), ficando na efectividade de serviço; desempenha funções no Tribunal da Marinha e no Ministério da Defesa Nacional. Era entretanto convidado por universidades e instituições internacionais para proferir palestras. No início da década de oitenta, é encarregado de esboçar o Guião para um dos núcleos principais da XVIIª Exposição de Arte, Ciência e Cultura Europeia, mas adoece gravemente deixando o projecto praticamente acabado para a grandiosa exposição , que simbolizava o reapertar dos laços de Portugal com o resto da Europa, depois do “período africano”.

Teixeira da Mota faleceu em 1982. Nesses anos finais da sua vida tentava reunir apoio para editar fontes portuguesas para o estudo das sociedades africanas. Esse foi o seu grande projecto de investigação inacabado, que visava uma aproximação entre Portugal e África.

Oficial de Marinha com uma notável folha de serviços e historiador de reconhecidos méritos, Avelino Teixeira da Mota deixou uma vasta obra, assente em criteriosos métodos científicos ainda hoje, em muitos dos seus pontos, actuais. Pessoa metódica, com alto sentido de organização em tudo o que fazia, entregou-se como um eremita ao estudo e à investigação de várias ciências, legando para a posteridade um património bibliográfico que abarca os mais variados domínios do saber. As suas investigações tanto no domínio da Marinharia, da Náutica, da Cartografia e das relações luso- africanas, como dos Descobrimentos e em especial da cartografia antiga, constituem nos dias de hoje uma referência obrigatória para qualquer estudioso destas matérias.

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