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A EQUIPA
CONTACTO
Nascido no seio de abastada família de origem portuguesa, estabelecida em São Paulo, desde o século XVIII, desfrutou de vida confortável e estável, decorrente da origem e posição social na aristocracia cafeeira, detentora também de investimentos diversificados em comércio, indústria e finanças. Os estudos e a formação escolar obteve com preceptores particulares, no colégio de jesuítas e em Eastbourne, na Inglaterra.
Em 1924, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, participando ali do movimento estudantil e de oposição aos ditames políticos do Partido Republicano Paulista, na esfera estadual e nacional. Ao término do curso excursionou em países da Europa e do Oriente Médio. Apoiou o movimento armado que conduziu Getúlio Vargas à chefia do Poder Executivo, em outubro de 1930, desempenhando ações específicas antes e posteriormente à vitória do levante rebelde.
Em 1931, encontra-se engajado na luta de classes, na leitura de autores socialistas e apoio ao movimento comunista internacional. Em 1933 visitou a União Soviética, em companhia da esposa, por iniciativa pessoal e com recursos próprios. Durante curto período trabalhou como advogado e matriculou-se no curso de doutorado na Faculdade de Direito, abandonando logo ambas pretensões.
Em 1935 estava inscrito no curso de História e Geografia, na Universidade de São Paulo (USP), instituição criada no ano anterior. Era fluente nos idiomas inglês e francês, fato que lhe possibilitou maior aproximação junto aos professores estrangeiros, particularmente os franceses, contratados para instaurar o ensino superior de Humanidades: Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Pierre Monbeig, entre outros. A experiência marcou definitivamente sua atuação profissional, tornando-se intelectual crítico e atuante no cenário político e cultural brasileiro, entre 1930 e 1980.
Em duas ocasiões procurou ingressar na universidade como professor. A primeira, em 1954, em concurso de Livre Docência na cadeira de Economia Política, na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi aprovado mas não seria designado para o corpo docente da instituição. A segunda, em 1969, após as cassações de professores na USP, concorrendo à cadeira de História do Brasil. Desta vez o concurso sequer foi realizado.
