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A perspectiva metodológica e a argúcia analítica do autor estiveram voltadas para dupla finalidade: explicar, de um lado, as relações de apropriação, uso e exploração da terra reinantes no Brasil, até meados do século XX, e de outro, a reiterada dependência da economia colonial e nacional na produção de gêneros tropicais e de minérios destinados ao mercado externo. O esforço intelectual voltava-se para melhor esclarecer os rumos e possibilidades para a efetivação da revolução agrária e anti-imperialista, propugnada pelo movimento comunista internacional, até a sua dissolução em 1943, e que sobreviveu no imaginário político de dirigentes e militantes do PCB após essa data. As especificidades da formação econômica e social brasileira e, logo, as estratégias de ação política, apontadas e defendidas pelo autor, o deixariam em rota de colisão com as sucessivas direções partidárias dos comunistas e de seus porta-vozes, até o golpe civil-militar em abril de 1964. A apreensão destas mesmas especificidades históricas responde pelo interesse intelectual e a longevidade editorial que o livro desfruta até hoje. |
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