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Estas referências positivas não podem olvidar dois acontecimentos marcantes na sua vida pessoal e profissional: o clima de anticomunismo primário que teve de suportar no Verão de 1975 em Braga, instigado pelos sectores mais reacionários e pela própria hierarquia da Igreja bracarense; a reprovação nas provas de agregação a que se submeteu em 1978, por razões não totalmente esclarecidas e a que a composição do júri não foi alheia. Referiu-se a este acontecimento como uma “bárbara agressão intelectual” e “mais um acto de terrorismo”, escrevendo num Relatório de actividades posterior (1979) que “ferido no seu brio intelectual, científico e académico, aguardou inconformado, mas sereno, a oportunidade de prestação de novas provas”. Nunca o chegou a fazer, porque não foi alterado o processo de decisão do júri “por bolas brancas e pretas sem justificação escrita”, condição que elegeu como imprescindível. O tema escolhido para a “lição de síntese” proferida em 7 de Abril de 1978 – “Formação do Movimento Operário Português” – e o facto de a votação ser por simples escolha de bolas brancas ou pretas sem justificação ajudam a perceber este desenlace, mais político do que científico. Realizada uma exaustiva pesquisa nos serviços de recursos humanos da Universidade do Porto e no Arquivo da Universidade, não foi encontrada a acta deste acto académico. Em Maio de 1978, publicava na Editora Centelha – Formação do Movimento Operário Português – Memória de uma reprovação, com uma dedicatória elucidativa da sua hombridade intelectual – “Aos jovens trabalhadores e estudantes, em especial aos meus alunos, merecedores de verem à transparência as qualidades e as humanas limitações de quem procura transmitir-lhes o que sabe”. |
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