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Para responder a estas perguntas é necessário recuar até àquele que se apresenta como o texto genesíaco de Joel Serrão no que respeita ao estudo do século XIX: «Por uma história cultural do século XIX português», que se encontra publicado nos Temas oitocentistas I, resultando de uma conferência dada no Institut Français au Portugal em 1952. Era necessário inicialmente enunciar os pressupostos teóricos e metodológicos para quem desejasse “içar as velas” para navegar numa época ainda tão nublada. Assim, era necessário ter em conta não só as mudanças, em que este século era tão fértil, mas atentar igualmente nas permanências. É pelo entrecruzar destas duas perspectivas que se pode chegar à compreensão das sociedades de determinado período. Tal como já havia feito em O Carácter social da Revolução de 1383, pretende que o estudo do oitocentismo português seja guiado por uma análise que compare vários planos geográficos distintos: o panorama nacional em confronto com o contexto europeu ocidental, distinguindo assim fenómenos genuinamente nacionais dos que mais não são do que um alargamento de um processo global, matizado pela especificidade portuguesa. Afirma ainda que para resolver o problema do excesso de documentação, inerente a quem se dedica ao estudo da época contemporânea, é necessária uma abordagem colectiva, atitude que por várias vezes procurou nas “suas” obras. |
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