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O seu primeiro trabalho historiográfico é a História do Cerco do Porto, editado 1846, tem ele 44 anos. Trata-se de uma encomenda do governo no âmbito da promoção dos estudos históricos pelo poder liberal (Sérgio Campos Matos, Historiografia e Memória Nacional no Portugal do Século XIX, pp.491-493). O escritor coloca-se na posição de alguém que viveu os acontecimentos por dentro, como membro do exército libertador, na posição mais baixa da hierarquia militar, ao lado dos soldados rasos. É a partir deste lugar que ele analisa e avalia a guerra civil e o carácter dos seus principais protagonistas. Nutre um ódio de estimação por algumas figuras, em particular por Saldanha a quem acusa de “vira-casacas”. Quanto aos dirigentes máximos, Palmela é visto como “tímido e fraco” e D. Pedro, como “inconstante e volúvel”. Merecedor de admiração incondicional, apenas Bernardo Sá Nogueira, futuro marquês de Sá da Bandeira. Em carta a Joaquim Martins de Carvalho, datada de 1881, o escritor desabafa: “a não ser o Sr. Marquês de Sá, de nenhum dos nossos governantes, passados e presentes, levo para a cova o mais pequeno sinal de consideração, mas sim de pungente desfavor” (in Brito Aranha, Ob.Cit., p.218). |
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