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Após retornar da sua estadia em Portugal, Southey trabalhou como secretário privado do Ministro das Finanças na Irlanda por alguns meses. Em setembro de 1803 mudou-se para Keswick, no Distrito dos Lagos, para dividir uma casa com Coleridge e Sara, que lá já moravam. Southey residiu em Keswick até o fim da vida, onde cuidou de sua numerosa família – Edith deu à luz a oito filhos. O letrado residiu a doze milhas de William Wordsworth, seu amigo e colaborador. Southey também desfrutou de uma boa relação com Walter Scott, responsável por indicá-lo para o posto de poeta laureado, ocupado por ele a partir de novembro de 1813. Southey só se tornou um funcionário do Estado porque se afastou dos ideais revolucionários e de suas críticas à Igreja Anglicana. Em 1807, Wynn conseguiu uma pensão do governo para Southey, com a finalidade de financiar sua atuação como homem de letras, substituindo a pensão concedida por ele mesmo ao amigo. Foi em 1807 que Southey começou a se posicionar mais solidamente contra a Emancipação Católica, ou seja, a concessão de plenos direitos políticos a católicos, pauta que impulsionou a escrita da obra de ficção Letters from England by Don Manuel Alvarez Espriella, publicada em julho daquele ano. Entre 1809 e 1813 foi financiado pelo periódico Edinburgh Annual Register para escrever a história dos eventos contemporâneos que se passavam na Europa. Em 1809 iniciou sua longa colaboração com o periódico Quarterly Review. No âmbito da política internacional, defendeu a guerra contra Napoleão; já no âmbito interno do Império Britânico, seu foco era impedir a reforma constitucional que propunha viabilizar a Emancipação Católica, questões determinantes para as publicações posteriores das obras History of the Peninsular War (1823-1832) e The Book of the Church (1824). Southey sentia mais prazer em seu ofício de historiador do que no de poeta, sendo sua maior ambição a escrita da História de Portugal. Em 1804 seu projeto consistia em compor três volumes relativos à parte europeia da História de Portugal; dois ou três volumes correspondentes à História do Império Português na Ásia; um volume para a História do Brasil, um volume para a História dos Jesuítas no Japão, dois volumes para a História Literária da Espanha e Portugal, e um volume para a História do Monasticismo. Desse projeto monumental, Southey concluiu somente a sua História do Brasil, publicada em três volumes, respectivamente em 1810, 1817 e 1819. Simultaneamente ao projeto de escrita da História de Portugal, reeditou os romances de cavalaria Amadis of Gaul (1803), Palmerin of England (1807) e Chronicle of the Cid (1808). |
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