A solidez dos seus estudos de botânica e de zoologia empreendidos e publicados pelos jesuítas fundadores da Brotéria – Joaquim da Silva Tavares (1866 - 1931), Cândido de Azevedo Mendes (1874 - 1943) e Carlos Zimmermann (1871-1950) – foi bem recebida no panorama académico nacional e internacional, o que ficou expresso, também, na dinâmica acelerada de permutas com outras revistas que foi sendo assinalada a partir do número de 1904.
Publicada em ritmo anual até 1906, a exiguidade do mercado nacional para uma revista científica especializada cedo constituiu um obstáculo de monta à sustentação financeira da publicação. A primeira reformulação da revista, ocorrida em 1907, procurava obviar esse problema, garantindo, simultaneamente, que se mantinha o carácter científico da publicação. Assim, optaram por articular sob um mesmo título três séries autónomas, classificadas do seguinte modo: Botânica, Zoológica e de Vulgarização Científica. As duas primeiras, mantendo a especialização e a terceira, de incidência diversificada, cobrindo áreas como a física, a química ou a microbiologia, progressivamente alargada a outros saberes como a história das ciências, a sociologia e a arqueologia. Com a Série de Vulgarização Científica (SVC) visava-se interessar um público mais vasto que permitisse a manutenção da publicação das diversas séries, assumindo uma periodicidade bimestral, agrupando seis fascículos anuais. Essa tripartição manteve-se até 1932, altura em que, após a morte de Joaquim da Silva Tavares, um dos fundadores e o primeiro diretor das três séries, as de Botânica e Zoológica passam a constituir uma só, sob a designação de «Brotéria – Ciências Naturais». Esta foi dirigida por Afonso Luisier (1872 - 1957) entre aquele ano e 1956, sendo sucedido por José Guedes de Albuquerque Vilhena Carvalhais (1912 - 2008) entre 1957 e 1961 e Luís Jorge Peixoto Archer (1926 - 2011), sob cuja liderança a série alterou a sua designação para «Brotéria – Genética» entre 1980 e a sua extinção em 2002.