Antes disso, em 1925, a SVC – a partir daí frequentemente referida sob o título genérico de «série cultural» – passou a designar-se por Fé-Ciências-Letras, apresentando-se como uma 2ª série e reiniciando a contagem dos seus números que passaram a periodicidade mensal, sendo reunidos em 2 volumes anuais. Aquele subtítulo foi sendo sucessivamente alterado. Em 1932, apresentando-se como «Revista Contemporânea de Cultura»; a partir de 1965, «Revista de Cultura», designação que perdurou até 1970, quando passou a designar-se «Cultura e Informação», reassumindo em 1999 o subtítulo de «Revista de Cultura». A última alteração data de 2001, ocasião em assumiu a referência «Cristianismo e Cultura». A permanente referência à cultura sinaliza o amplo espectro da incidência temática da Brotéria e a vinculação à intencionalidade originária: firmar uma presença activa da SJ e, de forma mais abrangente, do catolicismo nos debates culturais que atravessaram a sociedade portuguesa na última centúria. Foi, de facto, como «revista de cultura geral» que António Leite perspetivou, na «Nota Prévia» aos índices da Brotéria – Revista Contemporânea de Cultura 1925-1962, a «transformação» ocorrida em 1925. Por ocasião do centenário, o então diretor Hermínio Rico traçou uma continuidade de propósito que unificaria a atividade editorial da revista como «espaço do diálogo estruturado e do encontro fecundo» entre «Fé, Ciência, Cultura».
No que respeita à direção da revista, depois de Joaquim da Silva Tavares sucederam-se Paulo Durão Alves (1893 - 1977) em duas ocasiões, 1932-1933 e 1954-1958; Mariano Monteiro de Carvalho Pinho (1894 - 1963), entre os anos de 1934 e 1935; Domingos Maurício Gomes dos Santos (1896 - 1978), de 1936 a 1949; António Maria de Meireles Leite de Castro, mais conhecido como António Leite (1911 - 2004), também por dois períodos, de 1950 a 1954 e entre 1959 e 1964; tal como sucedeu com Manuel Antunes (1918 - 1985), primeiro entre 1965 e 1971, depois entre 1976 e 1982.