A propósito duma nova edição dos Lusíadas», Domingos Maurício; «O Marquês de Pombal e os jesuítas», Manuel Antunes; «O restabelecimento dos jesuítas em Portugal no reinado de D. Miguel I», Henrique de Campos Ferreira Lima; «O primeiro Prémio Nobel português aluno dos jesuítas», Gomes de Zurara; «Os jesuítas e a ciência (a 450 anos da fundação da Companhia de Jesus: 1540-1990)», Alfredo Dinis). Por último, sublinhe-se o vasto conjunto de abordagens diretamente relacionadas com a atuação da Companhia de Jesus no quadro da expansão ultramarina nacional («Colonização dos portugueses no Brasil. Os jesuítas do Sr. Jaime Cortesão e a liberdade dos índios, etc.», Serafim Leite; «As confrarias dos jesuítas em terras de Salsete (Goa) no séc. XVI-XVII», Leopoldo da Rocha; «Descoberta de originais do Arquivo de Macau, base da coleção "Jesuítas na Ásia"», Josef Franz Schütte; «A autonomia dos povos guaranis evangelizados pelos jesuítas (1609-1767) (no quinto centenário inaciano 1491-1991)», Rafael Carbonell de Masy; «Os jesuítas portugueses e a Serra Leoa (1605-1617). I - A atividade do P. Baltasar Barreira», Nuno da Silva Gonçalves; «Os jesuítas no Japão nos séculos XVI e XVII», Estêvão Samagaio; «A acção dos Franciscanos e dos Jesuítas na conquista e povoamento da Amazónia (1617-1662)», Lucinda Saragoça).
A intencionalidade matricial dos fundadores da revista cunhou-lhe uma amplitude epistémica que se manteve e reforçou através das suas variadas metamorfoses, ultrapassando o campo da problemática religiosa para tratar de forma autónoma, mas dialógica, os planos da fé e do conhecimento, nos seus diversos campos, entre os quais se inclui a História. A assinalável longevidade da Brotéria no panorama editorial português, a pluralidade dos autores a que deu espaço e a diversidade das temáticas historiográficas difundidas através das suas páginas, que pode vislumbrar-se na síntese das referências apresentadas, sublinha o relevo atribuído à produção historiográfica e o destaque conferido à sua divulgação junto de um público mais vasto, dificultando, todavia, uma caracterização que confira coerência temática e metodológica a uma publicação que não se revestiu desse propósito.
As mesmas caraterísticas convocam a tomar a Brotéria não, apenas, como repositório significativo de parte da historiografia publicada em Portugal no último século e das tendências que a atravessaram, mas como possível objeto de análises a profundadas da mesma.