Além dos historiadores jesuítas portugueses, a Brotéria contou com a colaboração de historiadores estrangeiros membros da Companhia, entre muitos outros, Ernest J. Burrus, Hubert Jacobs, Joseph Joblin, Alfredo Verdoy, Josef Franz Schütte, Pierre Blet, Joseph Masson, Rafael Carbonell de Masy, José Ferrer Benimeli. As contribuições deste historiador são um dos múltiplos exemplos reportáveis do amplo espectro temático da Brotéria e da intencionalidade multidisciplinar que se divisa em variados contributos de historiadores jesuítas, versando assuntos diferentes do núcleo central das suas investigações («Mito do Marquês de Pombal: um comentário»; «Globalização, pobreza e exclusão social»).
A Companhia de Jesus, os seus membros e as redes de sociabilidade que proporcionou ou geriu, foram presença incontornável de muitos dos processos religiosos, políticos e sociais da História portuguesa dos últimos séculos. Acresce que o seu papel foi, frequentemente, alvo de polémicas historiográficas e disputas culturais. Compreende-se, assim, que o último dos eixos enunciados respeite o amplo espaço concedido na Brotéria a estudos, cujo número ultrapassa a centena, que incidem diretamente sobre a SJ. Num primeiro apartado, relevem-se as abordagens de caráter geral sobre a Ordem e os seus membros, quer revisitando polémicas, quer sinalizando nova documentação, quer alargando o espectro da análise historiográfica («Influência dos jesuítas. A lenda e a história», Luiz Gonzaga Cabral; «Os jesuítas portugueses perante a História (à luz de documentação inédita)», Mário Vítor; «A intolerância dos jesuítas na Etiópia», Paulo Durão; «Jesuítas astrónomos», M. M. S. Navarro Neumann; «D'Alembert e as Constituições S.J. (a 200 anos da Revolução Francesa e 450 da fundação dos Jesuítas)», António Lopes). Depois, aproveitando frequentemente o ensejo proporcionado pelas evocações de centenários, relevando as intervenções do universo jesuíta nos processos e com os protagonistas da História de Portugal («Camões e os jesuítas.