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Em Capistrano de Abreu ainda se percebe a clara complementaridade entre os dois aspectos, que a abordagem cada vez mais especializada nas universidades europeias e norte-americanas acabaria por tornar estanques, delimitadas por suas respectivas metodologias e pelos limites rígidos impostos às temáticas do tempo e do espaço. A sensibilidade para os condicionamentos geográficos, mas longe de determinismos, fê-lo destacar a posição física de Portugal (“destinava-o à vida marítima”), de São Paulo (“impeliu-a para o sertão”), a existência da caatinga e não de matas favorecendo a expansão do gado nordestino, a segregação de três zonas geo-populacionais na colônia - marinha, mata e sertão ou a constituição do Estado do Maranhão consequente às dificuldades de navegação entre Salvador e São Luís, entre muitos outros exemplos. Outros aspectos de natureza antropogeográfica, como denominava, foram a utilização pelos portugueses dos caminhos indígenas, os piabirus e a relevância da ocupação das tribos indígenas nos diferentes territórios. Para esclarecê-la elaborou um clássico quadro da população indígena no Brasil, no qual considerava a distribuição dos troncos tupis e das demais nações, destacando ainda as relações entre aqueles e os caraíbas no norte da colônia. Para suas conclusões confrontava os documentos coloniais com as modernas pesquisas etnográficas levadas a cabo, entre outros, pelo general Couto de Magalhães e por seu correspondente Karl Von den Steinen. |
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