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Ao contrário de outros liberais, como Rui Barbosa ou Silvio Romero, que simpatizavam com a modernização pombalina e tinham clara antipatia pelos jesuítas, o cético e agnóstico Capistrano de Abreu considerava positivamente seu desempenho na história colonial. Concordando com a analogia que Schäffer estabelecera entre calvinismo e jesuitismo, destacava a contribuição econômica, social e educacional da ordem no Brasil, chegando a afirmar que entre os colonos e os jesuítas era claramente por estes. Destacou várias vezes seu papel de “educadores da mocidade, fundadores da linguística americana”. Em correspondência com João Lucio de Azevedo, sublinhou o amor dos inacianos pela terra (“o jesuíta é patriota da terra onde trabalha”), não os percebendo tão cosmopolitas como a análise do historiador português fazia supor. Reconhecia ademais a forte influência do clero no Brasil, herança portuguesa, que moldava a mentalidade colonial e somente seria mais tarde substituída pela mentalidade bacharelesca. A atitude fortemente religiosa da população expressava-se também, como assinalou na recorrência das orações e nas vestimentas do senhor da casa grande, que levava uma quantidade de rosários e relíquias apostos às roupas. |
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