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Também não lhe passa despercebido, em especial após as leituras econômicas de Gustav Schmoeller, o significado da efetiva ocupação do ecúmeno. A área de influência econômica e social dos engenhos de açúcar e das roças de fumo definia-se no espaço traçado pelos custos dos transportes dos produtos. Fora dos limites deste raio, dizia, vegetava-se na “economia naturista”, problema só corrigido nas regiões em que havia um bom escoamento fluvial ou no litoral. Cabe também ao autor o pioneiro tratamento sistemático das diferenças sociais e econômicas entre as áreas canavieiras e a pecuarista. Nesta a mobilidade social era acentuada não só pela predominância do trabalho livre do vaqueiro, como pela promoção material deste, recebendo em troca de seu trabalho crias de animais que se constituíam em novos rebanhos. A muito diversa dinâmica da região pecuarista fez com que Capistrano traçasse uma das descrições mais vívidas e conhecidas da “civilização do couro” :“De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro e mais tarde a cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó ou alforje para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem... as roupas para entrar no mato.” |
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