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Este percurso ficou marcado pela restauração da monarquia pura, a única legítima, na pessoa de D. Miguel e que viria a terminar com a Convenção de Évora Monte. Assim se havia posto um ponto final à 1ª dinastia de Bragança e se deu início à 2ª, com o reinado de D. Pedro, rei constitucional, que ficaria marcada por conhecida instabilidade, e que mereceu do historiador as mais acerbas críticas. Note-se que distingue a a 1ª da 2ª dinastia baseado em critérios meramente ideológicos. E foram estes, sem dúvida, que o levaram a apresentar com agrado o Estado Novo que, pelos seus princípios anti-liberais e anti- democráticos, e ainda, pela concepção orgânica da sociedade, valorizando a família enquanto factor e expressão de continuidade, e em que um poder forte, se não único, garantia a paz e a prosperidade do todo social. Se para ele era aceitável que princípios enunciados pela monarquia constitucional tivessem encontrado o seu apogeu na república, também admitia que na sua feição moderada não tivessem ainda viabilizado a monarquia no tempo presente, nem na sua feição pura, nem na sua feição parlamentar constitucional. E a História breve de Portugal, trazendo à consideração dos leitores esta perspectiva “empenhada”, transmitia-lhes uma concepção de história bem longe dos critérios de objectividade e de fundamentação documental uma vez enunciados pelo seu autor. Seja como for, este não deixou de ser reconhecido como historiador de mérito. Eleito membro de número (cadeira 28) da recém restabelecida Academia Portuguesa da História e galardoado com o prémio Alexandre Herculano, viu, com satisfação, ser galardoado o seu empenho de historiador. |
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