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Em suma, desde 1939, ano em que se torna catedrático, até 1968, rege todas as cadeiras do grupo de Ciências Políticas. A regência destas cadeiras permitiu a Marcelo Caetano a compilação de vários manuais – alguns deles ainda hoje obras de referência. Vem a lume, em 1936, a 1ª edição do Manual de Direito Administrativo. Neste preciso ano, surgem as primeiras edições do Corso di Dirito Ammninistrativo de Guido Zanobini e do Traité Élémentaire de Droit Admnistratif de Marcel Waline, obras marcantes, na medida em que impulsionaram a renovação do Direito Administrativo europeu. Marcelo Caetano encontrava-se, assim, inserido neste movimento de renovação do Direito Administrativo, mais ligado à Teoria Geral do Direito, com uma noção de interdisciplinaridade, libertando-se do positivismo da escola francesa (Marcello Caetano – Professor da Faculdade de Direito de Lisboa, 1987, p. 182). Em 1934, foi incumbido pelo Governo de preparar o projecto do Código Administrativo. Aquando da preparação para o doutoramento e provas para professor, foi obrigado a estudar legislação dispersa e confusa, o que lhe levou a preocupar-se com os problemas da administração local. Essa pesquisa, em perspectiva histórica, teve como resultado o estudo A codificação administrativa em Portugal – Um século de experiência (1836-1935). Estes trabalhos, e estando a par da legislação estrangeira, permitiram-lhe ficar à frente da compilação do Código Administrativo de 1936 (Minhas Memórias de Salazar, 1977, p.61.) |
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