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Em 1839, na 2ª edição de Camões, Garrett pede desculpa pelo sucedido. O que não impede que uma terceira situação surja, em 1844, aquando da publicação de Frei Luís de Sousa, que Denis afirma ser baseado no seu romance de 1835, em dois volumes, Luiz de Souza (José da Silva Terra, «Os emigrados liberais portugueses em França», 1983, pp. 330-335). Se Castilho secunda Denis nas suas acusações, já no século XX alguns dos mais autorizados estudiosos da questão relativizam a importância do assunto; foi o caso de Georges Le Gentil (Henrique de Campos Ferreira Lima, Cartas dirigidas pelo conde de Raczynski…, p. 22 e n. 1) A questão está, aliás, hoje em dia, reduzida à devida proporção, especialmente depois da clássica reconstituição dos processos da criação literária garrettiana, levada a cabo pela Professora Ofélia Paiva Monteiro em A Formação de Almeida Garrett. Experiência e Criação (Coimbra, 1971, 2 vols.) O seu real significado deve ser reconduzido a hábitos culturais da época, formas de inspiração e escolhas estéticas, especialmente sensíveis quando se tratava de delinear caminhos de inovação, como era manifestamente o caso de Garrett. Além disso, não estava desligada de problemas de relação e solidariedades pessoais. Como se sabe, as referências de Garrett à obra de Castilho estavam longe de ser entusiásticas. Em suma, tais contendas não devem ser confundidas com plágio, no sentido que a palavra tem hoje. |
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