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Escrito em inícios do século XX, período de afirmação do feminismo, neste comentário Lobo mostra-se sensível aos problemas do seu tempo no estudo da história. De qualquer modo, é também possível compreendê-lo em parte mais divulgador do que necessariamente especialista (Matos, Sérgio, Historiografia e Memória Nacional… p. 29). Ter em conta a sua passagem pela SPEH e pela RH pode também auxiliar a dissecar o seu pensamento historiográfico. A Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos é uma associação de eruditos, fundada em 1911 por Fidelino de Figueiredo, destinando-se a utilizar a “função social da história” para fazer desta um “elemento estruturante da identidade” para obter uma regeneração social após a Implantação da República. Além do seu aparato ideológico nacionalista, conta com fortes pronunciamentos historiográficos: contra uma História positivista e a favor de uma “metodologia baseada na relação entre o passado e presente” (Correia, Hélder e Brito, Ricardo de, Sociedade…Históricos, DICHP). A Revista de História é assumidamente inspirada na Revue de Sinthèse Historique e pretende ser um espaço aberto a todos os entendidos em Ciências Sociais, tanto historiadores “profissionais”, como autodidatas e eruditos vindos de outras áreas – como é o caso de Lobo (Brito, Ricardo de, Revista de História, DICHP). Assim, é defendida uma história-ciência, em que o historiador e o método têm um papel ativo. Deste modo, do seu quadro teórico devem destacar-se parâmetros como a relatividade do conhecimento, a análise situada no tempo e a crítica como elemento epistemológico (Correia, Hélder e Brito, Ricardo de, Sociedade…Históricos, DICHP). O facto de Lobo fazer parte deste organismo não obriga de maneira taxativa que compartilhe ou que seja contaminado por todos estes ideais. De qualquer modo, pode servir como pista para enquadrar panoramicamente alguma da praxis historiográfica de Lobo. Pode também ser enquadrado, muito graças à sua carreira política na Geração de 70, ladeado de Oliveira Martins. Estas mentes compreendem os séculos XV e XVI como de apogeu e os seguintes como de decrepitude (Mattoso; “Prefácio”, pp. XIX-XX.). Tal questão explicaria a postulação do vigor do poder régio por parte de Lobo nesse momento e a inebriação com a figura de Albuquerque, e a descrença nas instituições e no projeto de Silveira ou as obscuras origens do sentimento sebastianista. |
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