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Luís de Albuquerque foi responsável por outras edições fundamentais para a consolidação da História da Náutica, e sobretudo fez duas grandes sínteses do que foi a Náutica renascentista portuguesa: a primeira com os dois extensos capítulos fazem parte do volume II da História da Cartografia Portuguesa de Armando Cortesão já mencionados; como sagazmente observou Randles, o facto do seu nome não vir mencionado na capa da obra não terá contribuído para difundir o seu trabalho junto daqueles que podiam estar nele interessados, mas não necessariamente na cartografia náutica. A contrapartida foi a acessibilidade que passou a ter para um conjunto de leitores mais diversificado através da publicação da obra em inglês e, com ela, destes capítulos. Terá sido até esta a principal via do conhecimento da sua obra nos meios historiográficos anglo-saxónicos, onde era amplamente reconhecido, já que muito pouco deixou escrito em inglês. Por outro lado, sabemos da grande projecção internacional deste livro de Cortesão, ainda hoje citado amiúde a partir da versão inglesa. Inquirido pelos seus mais próximos sobre a razão pela qual não escrevia uma grande obra de síntese sobre a náutica portuguesa do Renascimento, Luís de Albuquerque argumentava por via de regra que nada de importante tinha a acrescentar ao que deixara escrito naqueles dois capítulos. Mas viria a mudar de posição: foi exatamente uma obra de síntese com uma visão global e sistemática da Náutica portuguesa que escreveu para inaugurar a série de dexanove obras sobre Portugal na grande colecção sobre os Descobrimentos e a Expansão Europeia. O manuscrito português do livro Historia de la Navigación Portuguesa (1992) foi enviado para Madrid já muito perto do termo da vida do seu autor, que não o pôde rever, e está perdido até hoje. |
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