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Foi neste enquadramento que Luís de Albuquerque percorreu três dos passos mais importantes da sua carreira: a edição dos livros de marinharia, a que nos referiremos mais à frente, a colaboração da edição das Obras Completas de D. João de Castro, e a organização da [I] Reunião Internacional de História da Náutica. A obra de D. João de Castro e os seus estudos sobre o magnetismo terrestre foram continuadamente objeto da sua atenção e de vários trabalhos, e é por isso natural que a idealização da edição das Obras tenha sido sua, apesar de ser também assinada por Armando Cortesão, que ainda teria tido alguma participação nos dois primeiros volumes, mas o terceiro, com a correspondência, e o quarto com a reunião de alguns estudos, são da responsabilidade exclusiva de Luís Albuquerque. O livro, de excelente qualidade editorial, foi patrocinado pela recém-criada Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Entretanto Michel Mollat du Jourdin vinha organizando os Colloques Internationaux d’histoire Maritime desde os meados dos anos 50. Constatava-se que os Colloques praticamente não tratavam dos aspectos técnicos da navegação: a excepção fora o colóquio que teve lugar em Lisboa em 1960, no quadro das comemorações henriquinas, onde os temas técnicos dominaram, revelando a influência da historiografia portuguesa pela atenção dada a esta vertente das navegações. Mas do ponto de vista do programa científico estes congressos continuaram a tratar essencialmente de portos, comércio marítimo, e outros capítulos de uma história económica marítima que tem sido até hoje a tendência dominante internacionalmente, como se atesta por esta Comissão ter passado a ser substituída de facto, desde a década de 1990, pela então criada International Maritime Economic History Association. A cartografia e a náutica continuavam porém a merecer a melhor atenção dentro do Agrupamento de Cartografia Antiga, faltando elevá-las à condição de tema central da historiografia contemporânea, para o que careciam de um espaço de afirmação próprio: foi isso que levou Luís de Albuquerque a promover a realização da Reunião Internacional de História da Náutica em 1968. |
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