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Partindo de uma leitura crítica da narrativa de Gomes Eanes de Zurara da tomada da cidade marroquina do Estreito por um exército português comandado pelos príncipes de Avis em 1415, Sérgio postula que a expansão portuguesa – o império e a colonização – têm de ser vistos como uma realidade económico-social. Nega que possa ser em exclusivo ou sequer predominantemente o produto de uma motivação religiosa e de uma intenção estratégico-militar de alguma ou algumas personagens. Ao propósito de combate pela Fé e pela destruição dos Mouros pelos infantes da ínclita geração (que normalmente se aceitava como eixo explicativo), substitui-se a motivação da burguesia dos portos marítimos europeus e portugueses pelo desvio em seu proveito do comércio africano e oriental que atingia Ceuta. Sérgio acrescenta ainda a atracção pela importação de cereais de que Marrocos dispunha e em que Portugal era de há muito deficitário (desde cerca de 1290). |
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