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No entanto, a polémica com os que atacaram Sérgio é sobretudo política: os grandes defeitos que à sua História de Portugal apontaram deveram-se a que Sérgio não deixava de mostrar como o país andava mal governado pelo Estado Novo. Para ele, mesmo o “império” só era aceitável se se destinasse a remir o povo da miséria, pelas melhorias técnicas, pela redistribuição da propriedade, pela planificação económica. “Para uma grei misérrima como a nossa é, a primeira faina do “imperialismo” será a de arrancar a sua vida económica do atoleiro de atraso em que tem jazido, libertando o povo da sua indigência e dando-lhe uma nova concepção de vida, uma orgânica nova de cooperação progressiva.” E punha bem à vista a defesa do cooperativismo, pelo qual se batia, conduzindo ao socialismo sem autoritarismo — libertador. No caminho para esse futuro, o conhecimento da história serviria para nos livrarmos do peso do passado. Impunha-se despertar a população portuguesa “do seu sono histórico, mostrando-lhe a realidade do condicionamento económico e convencendo-a da urgência de um exame crítico de todos os costumes que dos avós herdou, neste momento decisivo para a espécie humana que exige dos homens uma modificação profunda do regime da produção e da repartição dos bens.” |
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