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A presença do autor no interior de suas composições é algo que impressiona. “Narraremos – explica o historiador no primeiro capítulo de sua Historia Geral do Brazil – os sucessos segundo no-los hajam apresentados, em vista dos documentos, a reflexão e o estudo; e alguma que outra vez, sem abusar, tomaremos a nosso cargo fazer aquelas ponderações a que formos levados por intimas convicções; pois triste do historiador que as não tem relativamente ao seu país, ou que tendo-as, não ousa apresentá-las” (1854, p. 12). Mesmo no seu trabalho mais ponderado, mais próximo do que a ciência da história do século XIX era capaz, ele não consegue se ocultar no texto. Nem ao menos procura dissimular sua presença. Por isso, um leitor atento como Capistrano de Abreu já nos advertia: “é preciso definir o temperamento de Varnhagen para bem compreender a sua História geral”, a "massa ciclópica de materiais que acumulara". (Sobre o Visconde de Porto Seguro, 1882, p. 441; Necrológio, 1878, p. 505). |
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