Leite criou uma ampla rede de contactos internacionais, mantendo correspondência assídua para troca de informações sobre as áreas científicas em que se moveu. Desta forma conseguiu manter-se a par da bibliografia especializada e promover a difusão de trabalhos de investigação sobre temas portugueses, sob a forma de permutas e ofertas. O Epistolário de correspondência recebida contém cerca de 24.000 cartas, referentes a cerca de 3.690 correspondentes. É de assinalar a troca de correspondência com presonagens com interesses do domínio da historiografia, como João Lúcio de Azevedo, Pedro de Azevedo, Aubrey Bell, Henrique da Gama Barros, Artur de Magalhães Basto, Fermín Bouza Brey, Teófilo Braga, Joaquim de Carvalho, Manuel Pinheiro Chagas, Francisco Adolfo Coelho, Fidelino de Figueiredo, Agostinho Fortes, Manuel Viegas Guerreiro, Manuel Domingues Heleno, Emile Hubner, Maximiano Lemos, David Lopes, Afonso do Paço, Consiglieri Pedroso, Edgar Prestage, Orlando Ribeiro, Amador de los Rios, Ricardo Severo, Carolina Michaelis de Vasconcelos e Joaquim de Vasconcelos.

Na área dos estudos linguísticos, estabeleceu correspondência com investigadores e professores universitários que foram figuras centrais na história da romanística e da dialectologia modernas: Louis Lucien Bonaparte, Gustave Cohen, Jules Cornu, Rufino Cuervo, Wendelin Förster, Raymond Foulché-Delbosc, Gustav Gröber, Konrad Haebler, Otto Klob, Fritz Kruger, Henry Lang, Antoine Meillet, Ramón Menéndez Pidal, Gustav Meyer, Wilhelm Meyer-Lubke, Ernesto Monaci, Alfred Morel-Fatio, Adolf Mussafia, Gaston Paris, Hugo Schuchardt, Leo Spitzer, Wilhelm Storck, Max Leopold Wagner. Na sua biblioteca de trabalho, Leite reuniu um vasto fundo antigo, com raridades bibliográficas e manuscritos, mas também um fundo moderno de monografias, periódicos e opúsculos, nacionais e estrangeiros. Em 1935, com 76 anos, estabeleceu em testamento a distribuição do espólio bibliográfico e dos manuscritos pelas instituições a que esteve ligado — Faculdade de Letras, Academia das Ciências, Museu de Etnologia e Biblioteca Nacional — subordinando a divisão à conclusão e publicação póstuma das obras incompletas. Nos últimos anos de vida a visão deteriorou-se e também a capacidade de trabalho. Morreu em 17 de Maio de 1941, com 82 anos.

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