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Foi também na década de 90 que Leite iniciou a publicação da sua obra fundamental no domínio da arqueologia, Religiões da Lusitânia (1897, 1905, 1913). O estudo das religiões é apresentado como uma contribuição parcelar para uma mais ampla história da Lusitânia. Na análise, distingue três períodos: o pré-histórico, sobre os povos que habitaram Portugal no período neolítico; o proto-histórico, sobre a geografia, etnologia e etnografia da Lusitânia; o histórico, a partir da conquista romana até à época dos suevos. Para o estudo dos períodos mais recuados, apoia-se-se nos dados arqueológicos e na análise dos vestígios materiais, para as épocas mais recentes apresenta um trabalho predominantemente etnológico. Um tópico relevante nesta obra (já presente aliás em no seu Portugal pré-histórico) é a crítica à tese de Herculano relativa à não continuidade entre Portugueses e Lusitanos. Leite defende que os povos da Lusitânia devem ser contados entre os ascendentes dos Portugueses, porque, além de uma concidência parcial de territórios, a origem da língua portuguesa podia ser considerada uma modificação da que usavam os luso-romanos e era possível encontrar nos povos dessa região traços de continidade no que respeita a costumes, superstições e lendas (cf. Religiões da Lusitânia, 1897, xxv-xxvi). |
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