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|      A aproximação à cultura espanhola emergiu ao frequentar o Archivo General de Simancas pela mão do seu Mestre Léon Bourdon. Aí cruzou-se com jovens assistentes que preparavam os seus doutoramentos e viriam a tornar-se nomes de referência da historiografia do país vizinho, contraindo amizade com alguns deles, que aprofundou no âmbito das Academias de História de Espanha e Portugal. O relacionamento entre estas instituições congéneres tornou-se intenso e adquiriu raízes muito sólidas com a realização de encontros naquele país e em Portugal. Participou regularmente em cursos de Verão organizados por Universidades de Espanha, nomeadamente El Escorial, La Rábida (Huelva), Valladolid, Guadalajara e La Granda (Oviedo), dando a Academia Portuguesa da História continuidade a este último. Em reconhecimento pelo que Veríssimo Serrão fez para aprofundar as relações entre os dois países, Espanha atribuiu-lhe o muito prestigiado Prémio Príncipe das Astúrias em Ciências Sociais (1995). O actual monarca, no discurso então proferido afirmou que “ninguém como Joaquim Veríssimo Serrão fez tanto para aproximar os historiadores portugueses e espanhóis”. Se o tema da expansão  ultramarina e do Império constituiu outro campo da sua investigação e docência,  o Brasil ocupou um espaço privilegiado. Por ocasião do IV Centenário do Rio de  Janeiro, em 1965 publicou O Rio de Janeiro no século XVI, vol. I. Estudo  Histórico, vol. II, Documentos dos Arquivos Portugueses. Mas o grande  impulso dado às relações com o Brasil resultou dos contactos entre o Instituto  Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e a Academia Portuguesa da História,  enquanto seu presidente. O êxito desencadeou uma rede de intercâmbios que se  estendeu progressivamente a Institutos Históricos e Geográficos de outros  Estados, assim se consolidando o desejado estreitamento de laços culturais e de  amizade com o imenso universo luso-brasileiro, sendo de salientar a  participação na grande colectânea Iberoamérica. Una comunidad (1989), em que colaborou com 8 textos. Em reconhecimento do mérito de Joaquim Veríssimo  Serrão nesta aproximação, logo em 1978 a Academia Brasileira das Letras  elegeu-o como seu membro.  A ligação ao  Brasil foi ponto de partida para o alargamento ao vasto mundo Ibero-Americano,  assentes em moldes institucionais. Dessa expansão resultou que, hoje, desse  universo cultural fazem parte a Academia de la História de Espanha e as  congéneres de países americanos. Veríssimo Serrão foi o grande impulsionador da  construção deste universo cultural, sendo, por isso, naturalmente membro  de cada umas destas academias e em simultâneo co-fundador da Associação das  Academias da Ibero-América.   | 
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