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Com uma preparação doméstica para a obtenção dos graus do ensino primário, facultada pelo pai, funcionário do Ministério das Finanças, uma formação sequente no Liceu de Castelo Branco, licenciou-se em História, no Curso Superior de Letras, em 1910, com uma tese intitulada História (Significado e Função). Neste exercício académico, em que exibe logo um estilo assertivo, argumentativo e polémico que cultivará até ao fim, antevendo, provavelmente, a entrada no professorado, e tendo em consideração o processo de reforma em curso pelo recente regime republicano, fundamenta, do ponto de vista teórico, em termos de «valor intrínseco», «critério didático» e «valor pedagógico» (OF I, p. 10), uma proposta de estrutura curricular do ensino liceal da história. Esta, afastando-se deliberadamente do pendor nacionalista, orientada por uma conceção da história como conhecimento genético dos «factos-forças» que vêm impulsionando a vida coletiva da humanidade ao longo do tempo (OF, I, p. 24), começa pela Antiguidade Oriental, segue a cronologia das grandes épocas e só prevê a introdução da História de Portugal, de modo genérico, na quinta classe, para ser retomada, mais concretamente, na sétima e última (OF I, p. 61). Depois de cinco anos de lecionação no liceu, ingressa, em 1915, na categoria de Assistente do grupo de História da instituição na qual se formou, para o que apresentou uma dissertação de concurso sobre A Equação da História. Com a aprovação da sua Tese de Doutoramento em Filosofia, em 1922, sobre A Impensabilidade da Negativa, transita, como Professor, para a secção de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, alcança a cátedra, em 1930, e exerce as funções de diretor de 1936 a 1940. |
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