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Apesar da sua importante produção bibliográfica, não são muitas as informações que temos da vida e do pensamento deste literato nascido em Veneza, a 25 de Abril de 1782. Por isso, boa parte do conhecimento a seu respeito centra-se na análise da sua obra, pelos relevantes trabalhos complementares que dedicou a Portugal na alvorada do liberalismo: o Essai statistique sur e Royaume de Portugal et d’Algarve e as Variétés politico-statistiques sur la monarchie portugaise, ambas publicadas em Paris no ano de 1822, fruto das abundantes informações recolhidas directamente em Portugal. Este seu interesse pelo espaço geo-político português, com acentuado interesse pela estatística (disciplina que, na altura, não despertava ainda grande interesse), encontra-se também numa terceira obra Della popolazione del Portogallo dall’Epoca dei romani ai tempi nostri, publicada em Milão, em 1846. A dedicação de Balbi a estudos geográficos e estatísticos surge numa fase já adulta da sua existência, cuja juventude foi empenhada numa carreira militar que não teve seguimento, depois de ter servido como oficial no exército francês. Em 1807 foi chamado como professor de matemática e francês ao colégio de San Michele a Murano, na altura dirigido por Giacomo Martina, futuro papa Gregório XVI, e no ano seguinte deu a imprimir a sua primeira obra de teor “balbiano”, o Prospetto politico dello stato attuale del globo. Grande parte dos seus trabalhos seguintes foram escritos em francês e publicados em Paris, cidade para onde se mudou em 1821 por causa do seu casamento com Carolina Michel de Maillard, e onde ficou até 1835, ano da sua deslocação para Viena, onde se tornou sócio da Academia Real das Ciências. De 1840 a 1846 está em Milão, onde continua a sua intensa atividade intelectual. Passa os últimos anos em Pádua, já dotado de grande consideração por parte do mundo académico, e lá morre a 13 de Março de 1848. Uma curiosidade: como homenagem póstuma, o seu nome foi atribuído a um vulcão na ilha de Bouganville, Papua-Nova Guiné. |
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